quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Deixemos que o Espírito Santo conduza a nossa vida

Jesus nos diz que quem não nascer do alto não poderá ver o Reino de Deus. Bendito seja Deus por esta Palavra, pois ela nos mostra o caminho para uma nova vida. Algumas vezes, temos a impressão de que falta algo em nossa vida, uma sensação de um vazio imenso. Quantas vezes estamos descontentes com a nossa vida e é necessário nascer de novo. O homem e a mulher nascem de novo quando o coração deles se abre para ser conduzido pelo Espírito Santo de Deus. 

Nós precisamos ser conduzidos pelo Espírito Santo. Nossos relacionamentos precisam ser guiados pelo Santo Espírito

Muitas vezes, pedimos a Deus que conduza nossa vida, mas queremos ditar as regras, ordenando-Lhe aonde Ele deve pedir que o Espírito nos conduza. O segredo é confiar em Deus e permitir que Ele sopre com Seu vento sobre todas as áreas do nosso ser. Não há nada mais saudável do que abrir as janelas da alma e deixar soprar o vento do Espírito Santo.

Quando vivemos numa rotina não damos espaço para as surpresas de Deus. Deixemos que o Espírito Santo nos surpreenda para não cairmos no marasmo. Algumas surpresas são destrutivas, mas as surpresas de Deus sempre são boas. Para viver uma vida em abundância e relacionamentos alegres precisamos abrir as velas do coração para o vento do Espírito Santo.

Deixar Deus nos conduzir é nos abrir à novidade d'Ele a cada dia. Os caminhos pelos quais o Senhor nos leva sempre são sempre bons. É preciso coragem para nos abandonar em Suas mãos e permitir que Ele nos conduza pelos caminhos do Seu coração.

Que o Senhor nos conduza no horizonte do perdão, da humildade e do amor! Não somos o centro do mundo, precisamos dividir nosso espaço e vida com os outros. Não tenhamos medo de ir com Deus aos caminhos da humildade. É melhor ganhar na discussão e perder a quem amamos ou fazer o contrário? Quando amamos, devemos ceder o espaço e o coração ao outro.

Dispostos a amar e perdoar, adentremos no mar da vida que nos espera e deixemos Deus nos conduzir. Para projetar um futuro diferente e melhor, o critério indispensável é permanecermos abertos para as mudanças do Espírito Santo. Passo a passo, com Deus caminharemos sempre felizes. 

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Reflexão

Sejamos vigilantes com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro d’Ele, nós estaríamos preparados?
“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mateus 24, 42).
Viver em estado de vigilância, estando em estado de alerta,  é sabermos que, a qualquer hora, nós podemos ir ao encontro do Senhor ou Ele vir ao nosso encontro. De modo que, se o Senhor chegar de manhã, se Ele chegar à tarde, se Ele chegar à noite ou na madrugada, nós estejamos realmente com o coração preparado.
Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro de Deus, nós estaríamos preparados? A espiritualidade da vigilância nos chama à atenção para nos dizer que, no Reino de Deus, não dá para improvisar. Muitas vezes, nós estamos muito acostumados com o improviso: na última hora resolvemos e organizamos a nossa vida, nos confessamos, assim por diante. A cada dia de nossa vida a vigilância se faz necessária! A vigilância com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Nós temos que estar, a cada dia, certos de que o Senhor virá, de que a Sua vinda ao nosso encontro é tão certa como o sol que nasce a cada dia.
Nenhum de nós sabe o momento e a hora em que iremos partir desta vida. A única certeza que temos é a de que nós iremos! E saber o dia em que isso acontecerá não deve ser uma preocupação para nós. A nossa preocupação deve ser a de sabermos nos cuidar e nos preparar a cada dia, vivendo a vigilância e o cuidado constantes na certeza de que o Senhor vem e de que nós vamos ao Seu encontro.
Deus abençoe você! 
Padre Roger Araújo

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Agosto: mês vocacional



O mês de agosto é dedicado às vocações. É um mês voltado para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios, de forma a pedir a Deus sacerdotes que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade no seio da Igreja.
Instituído na 19ª Assembléia Geral da CNBB em 1981, o Mês Vocacional tem como objetivos conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas compartilham no processo vocacional. Presente na maioria das paróquias, a Pastoral Vocacional tem buscado celebrar este mês com animação e criatividade tendo sempre por fim suscitar novas vocações.
Durante o mês cada domingo é reservado para a reflexão e celebração de uma determinada vocação:
Primeiro Domingo - Vocações Sacerdotais - Dia do Padre
No primeiro domingo do mês vocacional celebramos o Dia do Padre inspirado pela festa de São João Maria Vianney, patrono do clero. O ministério sacerdotal está a serviço de todos os demais serviços na vida Igreja. A pessoa do padre tem um valor muito grande para a comunidade uma vez que a ele foi confiada a missão de evangelizar. O sacerdote age em nome de Cristo e é seu representante dentro daquela comunidade. Ao padre compete ser pastor e pai espiritual para todos sob sua responsabilidade. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela torne-se cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho.
Os diáconos são celebrados no dia 10 de agosto, na festa de São Lourenço. Tendo recebido o sacramento da Ordem (primeiro grau), os diáconos estão a serviço dos padres e bispos, no exercício da caridade e do anúncio do Evangelho. A presença do diácono é uma grande benção para todas as comunidades.
Segundo Domingo - Vocação Familiar - Dia dos Pais
Neste domingo celebramos a vocação da família na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação.
O Pai na família é fundamental. Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem estar familiar cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzi-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais que o amor, compaixão e harmonia reinem no lar.
Ser pai é buscar um mundo melhor para os filhos e demonstrar que a família deve sempre ser a base da nossa sociedade.
Terceiro Domingo - Vocações Religiosas - Dia da Vida Religiosa
No terceiro domingo do mês vocacional, a Igreja lembra dos religiosos. Homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo. Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho.
Perseverantes, os religiosos estão a serviço do Povo de Deus por meio da oração, das missões, da educação e das obras de caridade. Com sua vida consagrada, eles demonstram que a vida evangélica é plenamente possível de ser vivida, mesmo em mundo excessivamente material e consumista. São sinais do amor de Deus e da entrega que o homem é capaz de fazer ao Senhor.
Quarto Domingo - Vocações Leigas - Dia dos Ministérios Leigos
Neste dia celebramos todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes.
Ser leigo atuante é ter consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino contribuindo para a caminha e o crescimento das comunidades rumo a Pátria Celeste. Todo leigo tem um carisma e recebe dons de Deus que são colocados a serviço do próximo pelo bem de todos. Assumir esta vocação é doar-se pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção.
Nos anos em que o mês de agosto possui cinco domingos, a Igreja celebra neste dia o ministério do Catequista. Os catequistas são, por vocação e missão, os grandes promovedores da fé na comunidade cristã preparando crianças, jovens e adultos não só para os sacramentos, mas também para darem testemunho de Cristo e do Evangelho no mundo.
Peçamos a Deus, pelas mão da Virgem Santíssima, a graça de vivermos fielmente a vocação pela qual o Senhor nos comunicou. Que cada um em seu chamado cumpra com alegria a vontade do Bom Pastor, sendo sal da terra e luz do mundo, testemunhas vivas, conscientes e ardorosas na grande messe do Senhor.

Ministro Adriano Silva


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Rezemos pelas famílias





Estamos na Semana Nacional da Família 2014. Todos os dias tem uma programação especial na nossa paróquia. Participem!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Carta de Deus para você

Esse vídeo foi mostrado no grupo é uma linda carta com versículos bíblicos para você... Assista!!!

Vamos evangelizar...

Evangelizar é sair do nosso comodismo e levar as pessoas até Jesus. Evangelizar é fazer da nossa vida um Evangelho vivo, e mais do que levar uma palavra às pessoas, é levar as pessoas ao encontro da Palavra Viva: Jesus Cristo.
                                                                                                                                                                 Márcio Mendes

domingo, 3 de agosto de 2014

Homenagem aos Padres






"Padre é o modelo de Jesus Cristo, o bom Pastor."
PARABÉNS A TODOS OS PADRES PELO SEU DIA, Especialmente ao Padre Fábio!! 

Que Deus os abençoe!
E Maria interceda por eles...






São homens do povo escolhidos por Deus para evangelizar
Conduz o seu povo na fé e a palavra de Deus vive a anunciar
Enfrenta muitos desafios e dores também
Mas sua missão é servir e ensinar o bem
Ergue suas mãos pra nos abençoar, nos ensina amar, nos concede o perdão ó Deus purifique esses homens, sua vocação, que eles possam fazer um mundo mais irmão ♫


 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Reza a teu Pai que está oculto





             Jesus deixou este conselho: “Entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao teu Pai que está oculto” (Mt 6,6). O Mestre divino ensina a importância de um total recolhimento para que se possa entrar em real contato com Deus. Apenas deste modo, de fato, se torna possível a ação santificadora do Espírito Santo. Este então comunica os cinco sentidos espirituais, análogos aos cinco sentidos materiais. Quem explicou esta verdade magnificamente foi Santo Agostinho: “Que amo eu em Ti, Deus meu, quanto te amo? Uma luz, uma voz, um perfume, um manjar, um abraço: isto não o sinto senão dentro de mim. Minha alma vê resplandecer uma luz que não se acha no espaço; ouve um som que não se mede com o tempo; percebe um perfume que o vento não leva; degusta um manjar que a fome não consome; envolve-se num contato espiritual inefável. Isto é o que amo quando vos amo, Deus meu”. 
             Por esta espécie de sentidos espirituais funcionam dons divinos, quando a alma está concentrada numa prece contemplativa. A vista e o ouvido se referem ao dom do entendimento, pela qual a alma contempla a Deus e as coisas divinas e ouve a sua voz no íntimo do coração; os outros três sentidos espirituais se referem à sabedoria, com que degusta a Deus, sente-se o perfume de suas perfeições e tocamo-lo com uma a espécie de tato que une, abrasa. Tudo isto outra coisa não é senão a presença de Deus ou um amor experimentado que penetra o interior do cristão. 
            Nunca se deve esquecer que no dia de Pentecostes o Espírito Santo se manifestou em línguas de fogo que é símbolo do amor. Assim como o fogo natural destrói as coisas, o fogo de Deus consome tudo que impede a união com Ele. O fogo transforma os objetos em fogo, assim a alma sob a influência da dileção divina se transforma de tíbia em fervorosa, de árida em devota, de humana em divina, de terrena em celestial. Eleva-se e se transforma, se deifica, se acha em comunhão com o seu amado Senhor. Como o fogo purifica os metais quem está unido a Deus se vê purificado de todas as manchas, de todos os defeitos. 
            O cristão que segue a diretriz de Jesus de orar ao Pai que está oculto se coloca em condições de viver mais intensamente a sabedoria que faz discernir as verdades e apreciar as coisas espirituais, aperfeiçoando a caridade; o entendimento que leva a penetrar as verdades reveladas e aprimora a fé; a ciência que faz conhecer as coisas com relação a Deus, fim último de tudo e torna mais sedimentada a crença nas verdades reveladas; o conselho que alimenta a prudência no que tange a si próprio e aos outros; a fortaleza que robustece o batizado e facilita para as obras mais difíceis; a piedade que faz tudo referir a Deus e ilumina a virtude da religião; o temor reverencial de Deus que direciona o respeito para com a divina majestade do Todo-poderoso e faz o cristão fugir de tudo que O possa desagradar. Em consequência de tudo isto, o batizado passa a cultivar melhor e a colher sempre os frutos do Espírito Santo de que fala São Paulo na Carta aos Gálatas (Gl 5, 22-23). 
       Reveste-se então de caridade, de alegria, de paz, de paciência, de mansidão, de bondade, de fidelidade, de benignidade, de limpidez interior, de modéstia, de continência, que é o auto-domínio em todas as circunstâncias. Maravilhas envolvem a alma que sabe de fato se concentrar nas orações. Passa a perceber o que está no salmo: “Provai e vede quão suave é o Senhor” (Sl 23,9). 
         A oração é, realmente, o vaso sagrado em que se vão buscar as desejadas graças na fonte divina e se degustar no tempo um pouco da ventura da eternidade. Quanto mais profunda, porém, for a humildade, a atenção, o amor e quanto mais larga for a confiança no poder e misericórdia de Deus, tanto mais luzes se alcançará.

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho






http://www.portalkairos.net/artigos/view.asp?id=321

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jesus quer ressuscitar a nossa fé

Jesus quer ressuscitar a nossa fé

Meus irmãos, a falta de fé nos dias de hoje me impressiona. O próprio Jesus disse que, infelizmente, quando se aproximassem os tempos da vinda d'Ele a fé iria diminuir progressivamente. Claro que a fé não acabará sobre a face da Terra, mas diminuirá tanto que não se conseguirá mais experimentar e sentir a presença, o valor, e o poder dela sobre a terra. 

Com muita dor no coração, digo que tudo que a humanidade enfrenta, hoje, é devido à crise de fé. Mas não culpo apenas os governantes, as grandes potências e os líderes que têm decisões sobre as situações do mundo, porque, dentro do nosso pequeno mundo, dentro da nossa casa, da nossa família, onde quem manda somos nós, muitas vezes não temos agido com fé. 

E a consequência disso gera essa crise no mundo. Nós precisamos retomar a grande graça e dom que é a fé. Todos nós a temos, porque nos foi dado por Deus. O que nos falta é usá-la. Por não usarmos nossa fé, ela vai diminuindo em nós, a ponto de acabar ou não percebemos mais os seus efeitos. Hoje, é preciso que o Senhor ressuscite a nossa fé, que passa pela nossa decisão de tê-la. 

O Senhor quer levantar a nossa fé. Talvez tenhamos nos acostumado com as coisas e com os acontecimentos; talvez não creiamos mais. Aí está o pior, o desastre. A grande cura que o Senhor quer fazer é a cura da sua fé.


Fomos marcados por um conceito totalmente errado sobre a fé, como se ela fosse somente uma crença baseada na inteligência. Mas o primeiro passo de fé não é crer intelectualmente, mas sim confiar em Deus, naquilo que Ele é. Firmes na fé significa acreditar na vitória do Senhor em nós.

Talvez pensemos que a nossa posição seja defensiva, mas o Senhor nos ensina o contrário. Nossa atitude é de reação, de reagirmos firmes na fé. Essa é a vitória de Deus na nossa casa, na nossa família.

Não espere sentir uma grande fé, pois ela será sempre do tamanho de um grãozinho de mostarda. Precisamos pegá-la e aplicá-la. Qual o seu impossível? Uma doença? Uma deficiência física? Algum alcoólatra na família? O desemprego?

Nessa hora, as nossas emoções falam mais alto, surgem todos os tipos de preocupações, a insegurança toma conta de nós, a ansiedade nos envolve; enfim, tudo se transforma. Essa é a hora da fé e da confiança em Deus, que nunca nos abandona.

Seja o que for, Jesus se compadece de nós. Ele é o primeiro a estar junto de nós para derramar bênçãos sobre nossa vida. Aproximemo-nos de Jesus e, pela fé, apresentemos a Ele o nosso impossível. Temos de crer que Ele virá em nosso socorro. Creiamos que Ele fará o melhor acontecer.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Maria passa na frente.






Mãe intercede por todos os membros do MJPP, por todos os membros da Igreja, por todos os teus filhos. Amém.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Palavra de Deus nos transforma

 A Palavra de Deus tem o poder de nos transformar dia a dia; é uma provocação para a nossa vida e para a cegueira interior.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7, 21).

A Palavra de Deus nos transforma dia a dia; ela é uma provocação à nossa vida e à nossa cegueira interior e vai agindo em nós e vai moldando o nosso modo de ser.
É óbvio que podemos ouvir a Palavra de Deus a vida inteira; há aqueles que até gostam de se gabar e de dizer: “Eu já nasci na Igreja; estudei em colégio de freira. Conheço os padres desde criança”; contudo, não se deixam ser tocados e transformados por ela [Palavra de Deus].
A Palavra de Deus não pode ter em nossa vida uma função passiva, mas sim ativa, ela precisa agir em nós. Deixe-me dizer a você: Existem muitas pessoas enganadas que tomam remédios para isso ou para aquilo, por fora eles têm uma capa e prometem um monte de coisas, mas elas os tomam e eles são, na verdade, cápsulas de farinha, não têm efeito nenhum; elas os tomam, os tomam e, em algumas vezes, se tornam até um veneno.
Não deixemos, não permitamos que, ao tomarmos a Palavra de Deus, ela seja para nós uma “cápsula enganosa”, mas tomemos a Palavra transformadora de Deus para que ela molde, transforme e aja dentro de nós e sejamos cada vez mais tocados por ela, porque ela tem o poder de transformar a nossa vida.
A grande graça que a Palavra de Deus concede a nós é perseverarmos, é crescermos na santidade, é enfrentarmos os abalos e as dificuldades da vida sem perder as rédeas, sabendo que é n’Ele que nós colocamos a nossa confiança.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Canção Nova 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Como surgiu a festa de Corpus Christi?



A festa de Corpus Christi nasceu de um milagre acontecido na cidade de Bolsena, na Itália. Um sacerdote chamado Pedro de Praga tinha dúvidas a respeito da presença real de Jesus na Eucaristia. Nessa época, a Igreja era assolada pelas heresias dos chamados cátaros, que significava "purificados". Esse movimento teve início no século XI.

Para os cátaros, o mundo era uma criação de Lúcifer, irremediavelmente perdido. Portanto, "os purificados" deveriam viver fora do mundo, numa vida de castidade perfeita. O movimento atingia as raízes do Cristianismo, pois, ao declarar o mundo visível intrinsecamente mau, a encarnação de Jesus e Sua redenção, a Igreja e seus sacramentos eram rejeitados. Negava-se o matrimônio, a hierarquia eclesiástica e toda a disciplina da Igreja. Eles receberam também o nome de albigenses, por ter sido a cidade de Albi, no sul da França, uma das suas fortalezas principais. 

A Igreja estava sendo violentamente atingida pelas heresias que surgiram desses grupos. Os cátaros faziam parte da Igreja, mas se separaram dela e formaram uma seita. Eles também combatiam a presença real de Jesus na Eucaristia. Afirmavam que ela era apenas um símbolo, como ainda hoje muitos dos nossos irmãos evangélicos acreditam. 

Vivia-se um tempo muito difícil, e Jesus usou da pobreza de fé desse sacerdote para provar o contrário daquilo que afirmavam aqueles hereges. Podemos nos perguntar: "Como é que um padre, que celebra Missa, tem dúvidas sobre a Eucaristia?". Vamos imaginar a confusão que se criou na cabeça das pessoas e também na dele. 

O sacerdote, em peregrinação, dirigiu-se à cidade de Roma, porque queria conhecer a verdade. Passando pela cidade de Bolsena, resolveu hospedar-se ali. Na manhã seguinte, antes de seguir viagem, fez questão de celebrar a Eucaristia, apesar das suas dúvidas. Na noite anterior, antes de se deitar, pediu ardentemente ao Senhor que acabasse com aquelas dúvidas, pois desejava crer, somente crer. 

Enquanto o padre Pedro de Praga celebrava a Missa, na hora da consagração, no momento em que ele levantou a hóstia, ela começou a sangrar. O sangue pingava no corporal – uma pequena peça de linho branco que se coloca sobre a toalha do altar, na qual repousam o cálice, a patena e as âmbulas durante a Missa. A quantidade de sangue foi tão grande que transpassou o corporal, as toalhas e atingiu o altar, que era de mármore, deixando ali as marcas. 

Para contornar a situação, no desespero, o padre andou com a hóstia sangrando na mão, pois não sabia onde poderia colocá-la. Assim, algumas gotas de sangue caíram no chão. Ainda hoje, na igreja da cidade de Bolsena, existem as marcas de sangue no chão de mármore. 

Aquela Celebração Eucarística ficou inacabada, pois o padre não fez a consagração do vinho e não prosseguiu a cerimônia, de tão atrapalhado que ficou. Esse milagre foi uma grande resposta àquele sacerdote. Foi o próprio Jesus lhe dizendo que Ele está, realmente, presente na hóstia consagrada, com Seu Corpo e Sangue, pois as gotas intensas do Seu Sangue saíram daquela hóstia. 

Providencialmente, o Papa Urbano IV estava na cidade de Orvietto, não muito distante de Bolsena. Informado do acontecido, pediu a um bispo que fosse até lá verificar o acontecido e lhe trouxesse notícias. O Papa agiu de forma cautelosa, pois estavam acontecendo muitas heresias naquele tempo.

Outro fato pouco conhecido é o de uma monja agostiniana, Juliana de Cornillon, que recebeu diversas revelações de Jesus, pedindo-lhe que levasse os apelos à Igreja, na pessoa do Papa. Um dos apelos era que, após o domingo de Pentecostes, em uma quinta-feira, fosse celebrada a festa da Eucaristia, a festa de Corpus Christi. 

O Papa recebeu o anúncio daquelas revelações e as levou muito a sério; porém, guardou-as no coração. Se ele simplesmente instituísse a festa do Corpo de Cristo, como Jesus lhe havia pedido, estaria praticamente aprovando aquelas revelações e indo contra toda a heresia dos cátaros. Seria a resposta da Igreja, afirmando a presença de Jesus na Eucaristia, com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Com prudência e sabedoria, pediu ao Senhor que lhe mostrasse a verdade. 

O bispo enviado fora a Bolsena, e já estava voltando de lá quando o Papa não resistiu e foi ao seu encontro. Saiu de Orvietto e, na metade do caminho, numa ponte chamada 'ponte do sol', os dois se encontraram. O Pontífice desceu da sua carruagem e foi em direção ao bispo, que trazia devotamente, nas mãos, o corporal ensanguentado. Quando o bispo abriu o corporal, o Santo Padre caiu de joelhos no chão, proclamando: "Corpus Christi!, O Corpo de Cristo!".

Como o Papa havia pedido, a resposta veio do Céu. Portanto, a festa de Corpus Christi não é simplesmente uma festa que a Igreja institui para celebrar a Eucaristia, mas uma resposta do Céu diante das heresias que atingiam a Igreja. A dúvida daquele padre foi respondida, mas também foi uma resposta às orações do Papa. Uma resposta do Céu para toda a Igreja. 

Quando o Papa Urbano IV disse Corpus Christi, ele fazia a sua profissão de fé diante daquele milagre eucarístico. Era como se dissesse: "Este é o Corpo de Cristo presente na hóstia consagrada; e, aqui, está a prova. Creio na presença real de Jesus na Eucaristia, creio que, aqui, está o Corpo de Cristo".

O Santo Padre voltou para casa. Ele levou aquele corporal e o colocou numa igreja em Orvietto. A partir daquele dia, conforme as revelações, instituiu-se que, na quinta-feira, após o segundo domingo de Pentecostes, seria comemorada a festa de Corpus Christi. 

Toda essa história começou a partir da dúvida de um sacerdote sobre a presença real de Jesus na Eucaristia. Ele havia sido atingido pela heresia dos cátaros, mas buscava a verdade. Bolsena e Orvietto guardam, ainda hoje, esses preciosos sinais. 

Artigo do livro: "Eucaristia nosso tesouro", monsenhor Jonas Abib.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dons do Espirito Santo

Peçamos ao Espírito Santo que nos conceda seus dons...
Espírito Santo, concedei-me o dom da sabedoria, a fim de que cada vez mais aprecie as coisas divinas e, abrasado pelo fogo do vosso amor, prefira com alegria as coisas do céu a tudo o que é mundano e me una para sempre a Cristo, sofrendo neste mundo por Seu amor.
Espírito Santo, concedei-me o dom do entendimento, para que, iluminado pela luz celeste da vossa graça, bem entenda as sublimes verdades da salvação e da doutrina da santa religião.
Espírito Santo, concedei-me o dom do conselho, tão necessário nos melindrosos passos da vida, para que escolha sempre aquilo que mais vos seja do agrado, siga em tudo vossa divina graça e saiba socorrer meu próximo com bons conselhos.
Espírito Santo, concedei-me o dom da fortaleza, para que despreze todo respeito humano, fuja do pecado, pratique a virtude com santo fervor e afronte com paciência, e mesmo com alegria do espírito, o desprezo, o prejuízo, as perseguições e a própria morte, antes de renegar por palavras e obras a Cristo.
Espírito Santo, concedei-me o dom da ciência, para que conheça cada vez mais minha própria miséria e fraqueza, a beleza da virtude e o valor inestimável da alma e para que sempre veja claramente as ciladas do demônio, da carne, do mundo, a fim de as evitar.
Espírito Santo, concedei-me o dom da piedade, que me tornará delicioso o trato e colóquio Convosco na oração e me fará amar a Deus com íntimo amor como a meu Pai, Maria Santíssima e a todos os homens como a meus irmãos em Jesus Cristo.
Espírito Santo, concedei-me o dom do temor de Deus, para que eu me lembre sempre, com suma reverência e profundo respeito, da vossa divina presença, trema como os anjos diante da vossa divina majestade e nada receie tanto como desagradar vossos santos olhos!
Vinde, Espírito Santo, ficai comigo e derramai sobre mim vossas divinas bênçãos. Em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Santificados pelo Espírito Santo

Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual vos foi dado por Deus? (2Cor 6,19)

Desde o Batismo o Espírito habita em nós com a Trindade Santíssima e nos dá os dons de santificação: Sabedoria, Ciência, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus. A Igreja nos ensina que mediante esses dons o Espírito nos dirige para a santificação, na medida que a nossa disposição coopera com a graça.
Pelo dom da Sabedoria o Espírito nos capacita a conhecer a Deus na intimidade e também nos leva a conhecer a Sua vontade. Faz-nos perceber a mão de Deus em nossa vida, guiando os nossos passos.
Pelo Entendimento, ou Inteligência, nos leva a ver as pessoas e o mundo com os olhos de Deus, e não com a nossa miopia humana, que mais enxerga os defeitos e os erros do que as qualidades e as belezas das pessoas e das criaturas. Por esse dom somos levados a querer penetrar os mistérios de Deus e o seu conhecimento. Ainda menino no Mosteiro de Monte Cassino, São Tomás de Aquino já surpreendia os monges com essa pergunta: “Quem é Deus”?
O dom da Ciência nos leva a compreender e aceitar os planos de Deus revelados na Sagrada Escritura. Por esse dom muitos santos, embora quase analfabetos, tinham a ciência infusa das coisas de Deus. Santa Bernadete, a quem Nossa Senhora disse: “Eu Sou a Imaculada Conceição”, menina ainda, soube com grande ciência e acerto responder as perguntas capciosas que lhe faziam. Santa Catarina de Sena, embora analfabeta, nos deixou riquíssimos ensinamentos de doutrina, a ponto de ser declarada pela Igreja, Doutora, em 1970, pelo Papa Paulo VI.
O dom do Conselho nos faz sábios diante da vida e nos impulsiona a procurar a Deus e a levar os outros a Deus. Dom Bosco, quando ainda menino, fazia mil peripécias para divertir os seus amiguinhos, desde que depois eles rezassem juntos o Terço.
O dom da Fortaleza nos prepara para lutar contra as tentações e o pecado. Nos faz corajosos na defesa da fé, da “sã doutrina” (1Tm 1,10) da Igreja, e nos ajuda a vencer as zombarias e o respeito humano. Houve na época do império romano um menino cristão chamado Tarcísio, que levava o Santíssimo Sacramento aos doentes; preferiu ser apedrejado e morto por meninos pagãos do que lhes entregar a Hóstia sagrada, para ser profanada. A Fortaleza também nos é dada para termos força e paciência para carregar a cruz de cada dia. Sem esse dom nos desesperamos diante do sofrimento e da dor.
A Piedade produz em nós o amor a Deus acima de tudo, afastando-nos de toda forma de idolatria (prazeres, amor ao dinheiro, status, fama, vanglória, poder, superstições, ocultismo, etc.) para adorar e servir somente a Deus. Nos faz também vivermos como verdadeiros filhos de Deus, que ama o Pai com toda a sua vida: pensamentos, palavras e obras. É também o dom que nos leva e capacita à oração permanente e humilde que tudo alcança. Faz-nos curvar a cabeça e o coração diante das coisas sagradas. Move-nos a adorar a Deus e venerar os seus santos e anjos, e de modo especial Nossa Senhora, Mãe de Deus.
O Temor de Deus não consiste em ter medo de Deus. Jesus nos revelou o grande amor de Deus na parábola do filho pródigo; o Pai sempre pronto a acolher e a perdoar o filho que o abandonou. Esse Temor é o receio de ofender a Deus por ser Ele tão bom e Santo. Não é medo de ofendê-lo e ser castigado, e sim receio de decepcioná-lo com o nosso pecado. Então, por amor a Deus, nos leva a fugir do pecado, já que este entristece a Deus, o decepciona.
A busca da santificação é uma caminhada no Espírito Santo, pois Ele é o nosso Santificador.
Prof. Felipe Aquino